sexta-feira, 8 de abril de 2016

Uma mulher no metrô


Ai que calor. Por que tem que ter tanta gente no metro? Abre logo a porta. O vagão estava lotado, cheio de gente, vários trabalhadores que são obrigados a estar no metro às 6 horas porque até chegar em casa será 8 horas.

Uma criancinha no meio de tanta gente chama atenção. Eu estava na Sé trocando de linha quando vi uma pessoa. Havia uma mulher com roupas super simples, com um gorro que parecia ter umas lantejoulas. Parece que ela nunca ter tido uma boa vida, na verdade ter tido uma vida simples. Ela tinha olhos pretos que quase não dá para ver por causa do gorro, ela tem uma coluna levemente curvada, ela parecia estar muito nervosa.

Enquanto estava subindo a escada e andava no corredor, eu olhava a moça andando, levando uma mala meio grande e andando super devagar.  Parece que ser sua primeira vez na cidade, principalmente porque estava com uma foto de uma mulher ruiva.

Minha mãe começou a me puxar para entrar logo no vagão quando eu vi a mulher que nem dente tinha direito e pela última vez estava olhando em sua foto, quando um homem que ao invés de pedir licença, ele simplesmente a atropela.

Infelizmente eu não pude ajudar porque a porta fechou e minha mãe não ia deixar, mas de qualquer jeito ninguém foi ajudá-la e até hoje tenho dó dessa mulher.

Um comentário:

  1. A crônica ficou com uma história simples, porém muito lírica, o uso das imagens foi muito bom,sua descrição do local das pessoas e taus ficou muito bom, eu achei que a cronica ficou bem curta, acho que você poderia ter desenvolvido mais história porém acho que você conseguiu interpretar muito bem o exercício pois você conseguiu transformar muito bem uma observação normal e simples em uma crônica.

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